domingo, 6 de fevereiro de 2011

MEU DISCURSO... QUE NÃO FOI DITO

DISCURSO PROFERIDO NA SOLENIDADE DE FORMATURA DIA 11/08/2010 NA FACULDADE ATENAS MARANHENSE – FAMA, PELA ALUNA MARIA DAS NEVES OLIVEIRA E SILVA AZEVEDO. FORMANDA DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS E LITERATURAS.

Cortei as saudações e vamos direto às falas...

Em nome dos alunos do curso de Letras, dessa faculdade é que me apresento para usar a palavra, e espero fazer isto com responsabilidade. No inicio dessa caminhada éramos apenas “números”: um número para o vestibular, um número para a matrícula, um número para a caderneta de chamada, um número para os trabalhos em equipe... “Equipe nº. 1 pode começar”. Mas hoje seremos chamados pelo nome, porque hoje é o nosso dia, um dia intenso, feliz, e decisivo para os futuros professores de língua portuguesa, graças a Deus e a vocês caros professores que mediaram o conhecimento até nós. Uns com prazer, outros com raiva. Alguns se tornaram nossos amigos, outros nem tanto. Cativamos e fomos cativados, Não importa, o que importa mesmo é que se abriu um novo caminho e como todo novo caminho, precisa ser percorrido, com responsabilidade, determinação, ousadia e cuidado.

Aos nossos familiares, a nossa gratidão eterna, sem vocês não teríamos conseguido chegar à reta final. Aos nossos professores, um obrigado recheado de chocolates e queremos lhes dizer: Valeu! Valeu mesmo e não esqueçam nunca: nós somos empreiteiros do amanhã e luz para o caminho daqueles que estão vagando na ignorância. Quando alguém perguntar, qual é sua profissão? Diga, eu sou aquele que levo você ao caminho do saber e da dignidade, por amor ao meu próximo, eu, sou àquele que trabalha por amor, pois que outro incentivo temos, nessa nobre missão, a não ser o amor? O Amor é fértil, o ódio é estéril. Não é por acaso que D. Pedro II disse: “se eu não fosse Imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre do que preparar homens para o futuro”. A cada degrau escalado, uma vitória conquistada. Somos como os alpinistas que escalam montanhas, quando terminam de escalar uma, já desejam escalar outra mais alta. Assim, também devemos buscar sempre o conhecimento, o título, não para dizer que somos melhores que os outros, mas para lutar contra a exclusão e a indiferença, pois só a verdadeira educação nos libertará da ignorância.

É importante dizer que esse momento, não é o fim, mas o começo de tudo. Agora iremos enfrentar um novo desafio: a Universidade da Vida. Nela, não há segunda chamada, vencem os melhores, os que realmente estão preparados e levaram o ensino a sério. Saiba que não é a faculdade que lhes dá um título, mas é você que o conquista com sua competência e sua forma de ser e de ver o mundo lá fora. Se falharmos, não culpemos os mestres, pois eles são apenas mediadores do conhecimento. Cabe a nós, exclusivamente a nós a responsabilidade de ser um mau ou um bom profissional. Como educador, devemos ter responsabilidade com nossas palavras, nossas atitudes, responsabilidade com os nossos alunos, amando-os e respeitando-os, pois sem afetividade, não há educação.
Nesta noite, onde há muitas estrelas brilhando, onde um sentimento de tristeza e alegria se mistura. Tristeza, pela despedida do convívio nessa academia; alegria porque voaremos mais alto, rumo ao futuro. Como encontrar palavras para expressar o sentimento que invade a nossa alma? Num dia, como hoje?

Como mencionar a influência dos nossos mestres, pilares ativos na construção do conhecimento?
Como falar do sacrifício dos nossos pais, filhos, maridos, esposas e amigos, que nos incentivaram na hora da dúvida, da incerteza e da angústia da monografia? Não, palavra nenhuma pode dizer esse sentimento. O que podemos fazer para agradecer tudo isso?
Exercer com dignidade e competência a nossa profissão. Acreditando que podemos sim, mudar o rumo da história do nosso Brasil e do nosso Estado.
Devemos crer na justiça de DEUS e dos homens, e na dignidade humana. Nada deverá nos afastar dos valores éticos e sociais do nosso trabalho. Sejamos críticos ferrenhos de nossos atos para que nunca nos afastemos do nosso objetivo que é educar.
A nossa missão não se limita a ensinar a ler e escrever, mas fazer da sala de aula, um lugar agradável para estar. E para encerrar minhas palavras mencionarei um pensamento dito pelo profeta Oséias: “O meu povo sofre, porque lhe falta o conhecimento".Os. 4:6


Neves Azevedo
Oradora da turma de Letras 2010.1 - FAMA

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