domingo, 7 de março de 2010

8 de março - DIA INTERNACIONAL DA MULHER

No dia 8 de março de 1857, 130 mulheres foram trancadas dentro de uma fábrica, para morrerem queimadas, só porque reinvindicaram redução de jornada de trabalho. De 16 horas para 10 horas e equiparação de salários, pois recebiam um terço do salário de um homem. Quero fazer uma menção honrosa para essas mulheres. A luta ainda continua... Já conseguimos muito, mas ainda falta.
Forte como um gigante que não se deixa abater, elas não tocam a vida simplesmente, mas vivem intensamente. Não dá para pensar em futuro, sem refletir antes, nos seus múltiplos papeis na sociedade. Têm filhos, trabalham, viajam, dirigem ônibus, caminhões, trens, fazem cerâmicas, quebram cocos, bordam, fiam, tocam guitarras, fazem canções, desvendam crimes, pescam dançam. São Poetas, empreendedoras, superam metas, salvam vidas, cuidam de gente. Pesquisam nossas histórias, vendem bolos, estudam, ensinam, governam um povo e ainda têm tempo para sorrir, fazer ginástica, ir ao salão de beleza. É impossível não nos contagiarmos com essa energia contagiante.
Faço minha as palavras de Erasmo Carlos... "Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda. Realmente na mulher está a força, a coragem e a vida.
Dedico essa poesia, a todas as mulheres que já foram violentadas. A inspiração dessa poesia são as mulheres do CRISMA. Em 2007, fui ministrar uma palestra para elas e DEUS me deu esse poema.


MARIA DA PENHA
2007 Neves Azevedo.

Quem escuta o teu grito mulher?
Quem se importa com a tua dor?
Quem te socorre no silencio da noite?
Quem ouve o teu grito de horror?
Quem te agrediu Maria da Penha, da Luz?
Foi aquele que um dia te amou?
Ou foi a sociedade, o sistema...?
Que te penalizou?

Hei você!
Que violenta as Marias,
Por que tanta covardia?
Pare e pense que horror!
Afinal, Deus lhes deu forças, poder,
Para ser um protetor...
E não carrasco, provocando tanta dor.
A dor que cravas na alma
Daquela que lhe amou,
É maior que a dor física,
Que o seu corpo marcou

Mas tem uma saída,
Quando estiver abatida,
Corra aos pés do Senhor.
Como fez Madalena...
Que sob duras penas,
Sentiu o peso da dor...
A dor da rejeição,
Da humilhação, da discriminação,
Mas não se intimidou não.
Foi na casa de Zaqueu,
E banhou os pés de Jesus,
E o perdão recebeu.

Ao sair daqui
Busque novos sonhos
Ouse sonhar novamente,
Não pode apagar o passado,
Mas pode construir...
Um novo presente!

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